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Iurd emitiu nota oficial em que alerta fiéis sobre o ocorrido. Foto: Reprodução/Facebook |
Da Redação
Página criada no Facebook na última quinta-feira (26) com o nome "Gladiadores do Altar", e que já acumula quase 3 mil curtidas, tem feito publicações com ironias para a figura de Jesus Cristo e da Iurd (Igreja Universal do Reino de Deus).
A página começou com postagens favoráveis à igreja neopentecostal, mas passou a fazer publicações com montagens de Jesus Cristo jogando bilhar crucificado e fumando e um bolo em formato de pênis que seria do "dia da formatura" dos Gladiadores.
Internautas afirmam que postagem chegaram a ser excluídas e criticam a página.
"Sou da igreja universal e essa página não é dos Gladiadores. Só estão querendo sujar o nome da igreja, por favor, não acreditem", afirmou Lay Novais.
"E o diabo só te aplaudindo, brinca mesmo com aqueles cheio do poder do Altíssimo e vai entender o sentido real da palavra arrependimento", disse Fabiano da Silva.
A Universal emitiu nota oficial na última segunda-feira (30) em que alertava para "uma nova tentativa criminosa de incitar o ódio contra a instituição e seus 8 milhões de membros em mais de 100 países."
"Páginas e perfis falsos utilizando a logomarca da Universal e do programa Gladiadores do Altar têm difundido mensagens de fúria e ameaças contra seguidores de religiões de raiz africana", continuou o texto.
A página no Facebook publicou o link para a nota e a comentou: "Cuidado, galera tem alguém com uma page [sic] falsa por ai! Cuidado com o que vocês curtem!", disse a publicação.
O Paulistana entrou em contato com a página para saber se ela se trata de apenas uma brincadeira ou uma crítica à Universal ou ao cristianismo, mas não havia obtido retorno até a publicação da reportagem.
Relembre a polêmica
O projeto "Gladiadores do Altar", da Iurd, teve destaque na mídia no começo do ano quando vídeos de jovens marchando se espalharam na internet.
Na semana passada, a Igreja notificou judicialmente o Facebook para retirada de página com charge do projeto.
O chargista Vitor Teixeira publicou imagem onde um soldado gladiador matava mulher com roupas de cultura africana, em referência à perseguição de cristãos contra religiões de matriz africana.
Após acordo extra-judical, Vitor apagou a charge da rede social e disse que o caso se tratava de "uma ameaça clara à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação."
A Universal, por sua vez, afirmou que a charge transmite "verdades inverídicas" sobre um "programa social que conta com milhões de jovens" e que a Igreja não promoveu a censura, pois Teixeira "atendeu o pedido de modo voluntário" de retirar a charge.
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